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Lusa Manteigas, Mons Herminius, Portugal
Descendente de Comínio, chefe tribal conhecido pelos relatos dos Romanos como Dux Latronorum. Durante a tentativa de invasão romana da Ibéria os resistentes serão comandados por Viriato (de viria, ou bracelete, a partir de 154 a.C.)

13 de julho de 2009

Turismo de Excelência

Casa das Penhas Douradas considerada a melhor unidade de Turismo em Espaço Rural

A Casa das Penhas Douradas, em Manteigas, foi eleita a melhor unidade portuguesa de Turismo em Espaço Rural. Organizados pelo Jornal Publituris, e perante mais de mil convidados, os Prémios 2008 (Prémio Nacional de Turismo) destacaram as melhores unidades turísticas nacionais de cada categoria.

Analisadas as candidaturas por um júri composto por personalidades como André Jordan, João Passos (presidente da APAVT), Henrique Veiga (presidente da AHP), Carlos Pinto Coelho (presidente da CTP), Vítor Neto e Luís Correia da Silva (ex-secretários de Estado do Turismo), entre outros, foi decidida a entrega do Prémio 2008 de Melhor Turismo em Espaço Rural à Casa das Penhas Douradas, na Serra da Estrela.

A Turismo Serra da Estrela sublinha que este facto “demonstra o aumento de qualidade da oferta turística actual da região e a capacidade dos empresários envolvidos”.


(Nova Guarda, Edição de 08-07-2009)

28 de abril de 2009

Petição STOP ao Cancro do Cólo do Útero



Existem cerca de 60.000 mulheres com cancro do colo do útero, em toda a Europa; 30.000 morrem anualmente da doença enquanto que mais de 225.000 convivem com a doença, em determinada fase da vida (a fazer tratamento ou não). Tos estes casos de doença e de morte, bem como a grande maioria dos casos de cancro do colo do útero ocorridos na Europa, podem ser prevenidos através de programas de rastreio e de vacinação.

O papel principal da Associação Europeia contra o Cancro do Colo do Útero é promover o conhecimento sobre o cancro do colo do útero e sobre o que se pode fazer para o prevenir.

http://ecca.typogento.adjmutu.be/main.php?pos=sign_up


Assine a seguinte petição On-Line com o objectivo de:

1. Trabalhar em conjunto na implementação de programas de prevenção para o cancro do cólo do útero, de acordo com as recomendações do Conselho da União Europeia e com as Recomendações Europeias para a Garantia de Qualidade no Rastreio para o Cancro do Cólo do Útero.

2. Apoiar a criação de programas de educação para a saúde para assegurar que todas as mulheres estejam cientes da importancia da prevenção do cancro do cólo do útero e que beneficiem dos serviços que lhes são disponibilizados para este efeito.

3. Facilitar a troca de boas práticas entre os países da Europa de modo a que todos possam beneficiar das melhores medidas possiveis que existem na Europa.

4. Apoiar programas de investigação independentes de modo a implementar novos métodos de rastreio e vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) para assegurar que se obtenham as maiores reduções no cancro do cólo do útero na Europa.

5. Reconhecer e apoiar o papel essencial e determinante das instituições de caridade, das associações de doentes, organizações não governamentais e trabalho voluntário com o objectivo de reduzir o cancro do cólo do útero na Europa.





Apoio a Petição STOP ao Cancro do Cólo do Útero
, e chamo a atenção do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e de todos os Governos Nacionais da Europa para implementarem programas de rastreio organizados contra o cancro do cólo do útero que providenciarão uma proteção mais eficaz contra o cancro do cólo do útero em todas as mulheres da Europa.

27 de abril de 2009

25 de Abril - Parte V


A DEMOCRATIZAÇÃO

Objectivos da Revolução de 25 de Abril de 1974

Sou o Chefe de Estado dum país que, depois de humilhado por meio século de ditadura, soube iniciar na longa noite de 25 de Abril uma revolução sem sangue que outros classificaram de a mais pura do século. Estamos perfeitamente determinados a salvaguardar a pureza dos principais objectivos revolucionários:

- Devolver ao Povo Português a dignidade perdida, implantando condições de vida mais justa, com instituições democráticas pluralistas legitimadas na vontade do povo livremente expressa;

- Iniciar o processo irreversível e definitivo de descolonização dos territórios sob administração portuguesa. Não mais admitiremos trocar a liberdade de consciência colectiva por sonhos grandiosos de imperialismo estéril.

A nossa revolução, iniciada com o 25 de Abril, apesar de embaraços e dificuldades, continua a demonstrar o alto civismo do Povo de Portugal.

[...] Nestas condições, estou à vontade para afirmar solenemente que o Governo Português tem intenção e capacidade para cumprir, na letra e no espírito, a Carta das Nações Unidas e todos os compromissos internacionais, políticos, comerciais ou financeiros a que se encontra vinculado.

Discurso do Presidente da República Portuguesa, Costa Gomes, na ONU, em 19 de Outubro de 1974


A Revolução de 25 de Abril permitiu o usufruto pleno dos direitos e liberdades há décadas suprimidos.

A extinção das instituições de tipo fascista preconizada no Programa do MFA foi realizada de imediato.

A realização de eleições livres, por sufrágio directo e universal seria a base do futuro regime democrático. A criação das regiões autónomas da Madeira e dos Açores e de um poder autárquico realmente democrático seria também obra da Revolução.

Finalmente, o processo de descolonização, um dos principais objectivos da Revolução de Abril seria levado a cabo durante o ano de 1975, no meio de grande agitação política e social.

Uma onda reivindicativa varre o país de lés a lés, abrangendo todas as causas, todos os sectores de actividade. Sob as mais diversas formas, através da imprensa e dos mass media em geral, das manifestações e comícios, da ocupação da propriedade, da criatividade artística, o povo português experimenta a doce embriaguês da liberdade. Ao mesmo tempo, a participação activa na vida política consciencializa os cidadãos do seu papel na transformação da sociedade. É o tempo da constituição dos partidos políticos e da organização dos trabalhadores em sindicatos livres.

Em todo este processo democratizante, o papel do MFA revela-se fundamental. Movimento responsável pelo derrube da ditadura, atribui-se a si próprio altas responsabilidades no processo de transição para a democracia. Primeiro, através da Junta de Salvação Nacional, da qual sai o Presidente da República.

Posteriormente, na vigilância que exerce sobre o processo revolucionário, para impedir a contra-revolução, através da criação do Conselho da Revolução e do Pacto MFA – Partidos. Procurando criar uma consciência cívica nos portugueses que facilitasse a construção de uma sociedade socialista, o sector mais esquerdista promoveria uma intensa campanha de dinamização cultural e política.

Os presentes do MFA

Cartaz alusivo ao papel do MFA na democratização do país: democracia, liberdade, dinamização cultural e cultura (soldados da esquerda); paz, direito à greve, prestígio internacional, liberdade de imprensa, educação justiça, descolonização, saneamento, eleições livres e resistência.



Os Partidos Políticos

Embora não previstos no imediato pelo MFA no seu programa, que falava apenas na formação de "associações políticas", os partidos substituem-se progressivamente aos militares como sustentáculos do novo sistema político surgindo, poucos dias após o 25 de Abril, já verdadeiros partidos políticos à luz do dia. O I Governo Provisório, formado a 15 de Maio, integra mesmo os líderes dos mais importantes partidos já no terreno.

Partido Socialista (PS), fundado em 19 de Abril de 1973, na RFA

Embora não previstos no imediato pelo MFA no seu programa, que falava apenas na formação de «associações políticas», os partidos substituem-se progressivamente aos militares como sustentáculos do novo sistema político surgindo, poucos dias após o 25 de Abril, já verdadeiros partidos políticos à luz do dia. O I Governo Provisório, formado a 15 de Maio, integra mesmo os líderes dos mais importantes partidos já no terreno.

Partido Popular Democrático (PPD), fundado em 6 de Maio de 1974

Situado no lugar mais à direita do espectro político com futuro assento parlamentar, o CDS experimentou sérias dificuldades na sua implantação e mesmo sobrevivência. Por se demarcar da via socialista proposta para o país, defendendo a democracia liberal e a propriedade privada, foi, desde cedo, conotado com as forças reaccionárias, ligadas ao antigo regime.

Partido do Centro Democrático Social (CDS), fundado em 19 de Julho de 1974

O I Congresso do CDS, realizado no Palácio de Cristal no Porto, em 22 de Janeiro de 1975, motivou grandes manifestações de protesto, levando mesmo ao cerco aos congressistas e seu sequestro, bem como a situações de violência. Os congressistas só sairiam sob escolta das tropas entretanto chamadas para restabelecer a ordem. Ao mesmo tempo, as sedes do partido eram alvo de ataques de grupos extremistas, tendo de ser protegidas pelas Forças Armadas. O CDS era visto como um partido que congregava no seu seio as forças reaccionárias, saudosistas do regime fascista.
Ao mesmo tempo, as sedes do partido eram alvo de ataques de grupos extremistas, tendo de ser protegidas pelas Forças Armadas. O CDS era visto como um partido que congregava no seu seio as forças reaccionárias, saudosistas do regime fascista.











I Congresso do CDS, Porto, Palácio de Cristal, 22 de Janeiro de 1975 (à esquerda) e ataques às sedes do Partido (à direita)

Situados à direita do sistema político-partidário, pequenos partidos procuram obter um lugar na Assembleia Constituinte, mas nunca conseguiram atrair um eleitorado com um mínimo de significado estatístico. De facto, o CDS era o partido que congregava todos aqueles que se identificavam com o liberalismo, recusando o socialismo democrático ou mesmo a social-democracia, seguindo a ideologia democrata-cristã, muito em voga em certos países da Europa ocidental, como a Itália.

Partido Popular Monárquico

Partido da Democracia Cristã

À esquerda dos partidos socialista e comunista, há todo um conjunto de forças radicais que vivem, no período pré-constitucional, a sua época de glória: marxistas tradicionais, trotskistas, maoístas, há partidos para todas as tendências. Estes, impossibilitados de assumir o poder pela via do sufrágio, procuram nas acções de rua a legitimação dos seus ideais.

Movimento Democrático Português

União Democrática Popular

Movimento de Esquerda Socialista

Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado

Frente Eleitoral Comunista (Marxista-Leninista)

Organização Comunista Marxista-Leninista Portuguesa


O Sindicalismo

Sindicatos livres começaram a ser formados em todos os sectores de actividade, em paralelo com as Comissões de Trabalhadores. A CGTP – Intersindical Nacional (cuja fundação data de 1970) e a UGT (União Geral dos Trabalhadores) são as duas confederações de trabalhadores que existem na época. A luta pela unidade sindical, defendida em primeiro lugar pelo PCP, em torno da Intersindical, motivaria uma acesa luta entre comunistas e os partidos socialista e outros à sua direita.











A acção dos sindicatos originaria uma onda de greves que varreu o país, permitindo a melhoria das condições salariais e de trabalho. A título de exemplo, uma das primeiras conquistas foi a institucionalização do salário mínimo nacional, em 1974, que se fixaria nos 3 300$00, representando um importante aumento do poder de compra.


A Liberdade de Expressão

O 25 de Abril, ao pôr termo ao Exame Prévio, permitiu a grande expansão da imprensa. Jornais de todos os quadrantes políticos fazem o seu aparecimento, o que possibilitou a formação de uma opinião pública mais esclarecida e, sobretudo, mais militante.

A liberdade de imprensa, vista por João Abel Manta

No contexto da liberdade de imprensa, a caricatura, nomeadamente a de cariz político, foi utilizada de forma modelar por todas as correntes de opinião – os principais intervenientes no processo político não escaparam ao traço, por vezes cruel, dos cartonistas.

Os ventos de liberdade chegam também ao mundo do espectáculo. Filmes até então proibidos, como «O Último Tango em Paris» ou «Laranja Mecânica» são tremendos êxitos de bilheteira. O país descobria um novo mundo, até então inacessível. O que, até então, era proibido, passa a ser admirado, independentemente da sua qualidade.


Primeiros nus (1974) e primeiros espectáculos de travestis (1976)


As ruas enchem-se de cor. Os partidos aproveitam ao máximo os muros e paredes para darem largas à criatividade. Tintas e pincéis tornam-se instrumentos fundamentais de acção política, sobretudo por parte dos partidos mais à esquerda do sistema. Todas as causas são dignas de empenhamento. A Revolução de Abril abriu os horizontes dos portugueses, fê-los perceber a importância da reivindicação, da acção nas ruas. Nos primeiros tempos da democracia, o empenho cívico é extraordinariamente elevado – todos os ideais, todas as utopias são possíveis.


A ocupação é uma forma de contestação à propriedade tradicional, muito em voga ao longo de 1975, feita com o beneplácito do sector mais radical do MFA, corporizado, entre outros, em Otelo Saraiva de Carvalho, comandante do COPCON (Comando Operacional do Continente).














Ocupação de Fábricas e de casas

Ocupar é destruir o conceito de propriedade capitalista e dar força ao proletariado, à boa maneira do marxismo. Fábricas, terras, quintas, casas, escolas, juntas de freguesia, etc., são ocupadas. Parte-se do princípio de que as leis do país só são para cumprir desde que não contrariem o espírito revolucionário, ou que os trabalhadores têm sempre razão.

A revolução de Abril e a liberdade conquistada levaram a que muitos trabalhadores, por intermédio das respectivas Comissões, então formadas, ocupassem as empresas e saneassem os patrões ou administradores, tidos como fascistas ou reaccionários. É já o início da radicalização da revolução.

A mudança de mentalidades a nível familiar foi outra das grandes transformações trazidas por Abril. A um modelo de família assente na autoridade do homem, sucede um outro baseado na igualdade de direitos e partilha de tarefas.

Eadem mutata resurgo*

A IV de III de MMIX invoca-se o ancestral ícone que fez da guerrilha a sua forma de luta e a expressão última de defesa do seu território e das suas gentes. Pela primeira vez na história tribos lusitanas uniram-se sob a liderança de um homem que era respeitado pela sua coragem, pela sua destreza e pelo seu espírito guerreiro.

Viriato, que fora caçador e apascentara rebanhos na zona de MONS HERMINIUS (actual Serra da Estrela), marcou a História Ibérica e Romana deixando há cerca de dois mil e cem anos na Hispânia a herança de vincados valores como o sentimento de Independência, de Território, de Pátria, de Sacrifício e Liberdade.

Hoje outro tempo, necessidades variáveis, adulteração de prioridades e gentes que não são “as gentes”. Os valores e os sentimentos evocados há dois milénios mantiveram uma constância da sua ideia, perpetuaram no tempo as suas reinvenções e as suas causas (por vezes desvirtuadas) enquanto as memórias e a vontade de fazer mais e melhor representam, actualmente, a nossa melhor arma para combater o comodismo, a apatia e arrancar ao tempo a voracidade que este nos inflige no dia a dia.

Este blog tem a sua identidade enquanto espaço de conversa público ou salão Maior de Debate, de Ágora ou reservados Claustros. Ele próprio, pela sua natura empreenderá o seu ritmo e fará do tempo o momento em que a comunidade ou grupo daqueles que pretenderem participar, convergem em debates e ideias para defender pontos de vista e trilhar novas montanhas de novidade e conhecimento.

A liberdade do Verbo será privilegiada e concedida sempre que se cumpram as regras da boa educação e se respeite a diferença. Não pactuarei com ofensas nem muito menos com fraudes mentais. Quem entender participar terá de perceber que é detentor de uma responsabilidade e que será essa responsabilidade a evocar a sua sanidade mental.

Aqui serão abordados assuntos variados do nosso País mas em especial DE e SOBRE a Vila de Manteigas.

Não pretendo substituir os blogs Institucionais já existentes com o fim explícito e implícito de promover o Concelho nem muito menos os criados a título particular ou com eles fazer concorrência. Tal como cada um, darei um pouco da minha personalidade, do meu tempo, das minhas ideias e das minhas expectativas e como é óbvio dar a conhecer descobrindo na última fronteira da comunicação MUNDIAL (internet) o pacto de falar através do tempo.

Aprender a falar do nosso tempo no nosso tempo enquanto Homens é o desafio. Deixarei que este espaço seja também o confronto sem se assumir como o conflito; a liberdade sem se assumir a anarquia; a razão do que pensamos e como o pensamos e não a forma como atacamos e desvalorizamos o intelecto ou a pessoa.

Crescer é feito de simples particularidades: saber o mais possível no menor tempo impossível… será por isso que o saber não ocupando lugar promove a nossa ignorância proporcionalmente?

A todos os que pretenderem participar, deixar um testemunho ou apreciar como passeio internauta desde já BEM VINDO por ter descoberto o blog e um sincero BEM HAJA por ter passado e/ou participado.

*Embora mudado ressurjo