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Lusa Manteigas, Mons Herminius, Portugal
Descendente de Comínio, chefe tribal conhecido pelos relatos dos Romanos como Dux Latronorum. Durante a tentativa de invasão romana da Ibéria os resistentes serão comandados por Viriato (de viria, ou bracelete, a partir de 154 a.C.)

26 de março de 2009

PNSE - Mapa e Caracterização


No Parque Natural da Serra da Estrela, acidente orográfico que em conjunto com as serras do Açor e da Lousã forma o extremo ocidental da Cordilheira Central, podem distinguir-se cinco principais unidades paisagísticas: o planalto central, os picos e algumas cristas que se estendem a partir destes, os planaltos a menor altitude, as encostas e os vales percorridos por linhas de água. No Sítio encontra-se o ponto mais alto de Portugal Continental e parte importante de três bacias hidrográficas (Douro, Tejo e Mondego). A paisagem superior da serra, por ter sofrido uma forte influência da glaciação quaternária, possui uma morfologia peculiar.

O Parque Natural apresenta um variado mosaico de habitats, conjugando elementos representativos de diversas regiões biogeográficas. É, como expectável, a área mais emblemática de Portugal Continental para valores naturais associados à altitude, muito deles com carácter exclusivo. Merecem especial referência os cervunais (6230*), habitat prioritário constituído por arrelvados de cervum (Nardus stricta), onde ocorre uma importante flora endémica (e.g. Festuca henriquesii, Leontodon pyrenaicus subsp. herminicus e Ranunculus abnormis) ou rara (e.g. Alchemilla transiens e Gentiana lutea), os zimbrais-anões de Juniperus communis (4060), comunidade arbustiva exclusiva do Serra da Estrela com uma pequena área de ocupação acima dos 1700 m de altitude, e as charcas e lagoas permanentes orotemperadas (3130), igualmente exclusivas, onde se pode observar flora de distribuição restrita, caso da relíquia glaciar Sparganium angustifolium.

De grande importância são também as turfeiras (7110), outro habitat exclusivo, os sensíveis urzais turfófilos (4010), instalados sobre mouchões ou tapetes muscinais, o habitat prioritário de urzais-tojais meso-higrófilos e higrófilos (4020*) e os prados dominados por Minuartia recurva subsp. juressi e Festuca summilusitana (6160), exclusivos dos afloramentos graníticos convexos do planalto estrelense.

De mencionar ainda as comunidades exclusivamente estrelenses de Sedum anglicum subsp. pyrenaicum (8230), acantonadas às cotas superiores da Serra, as comunidades de montanha de caldoneira (4090) (Echinospartum ibericum), que atingem o seu óptimo neste Sítio, os matos de piorno-serrano (5120) (Cytisus oromediterraneus, sin. C. purgans auct.), praticamente confinados às vertentes orientais, acima dos 1400 m, onde atingem um elevado grau de cobertura, as cascalheiras graníticas de corologia estrelense (8130), onde vegeta flora que, em Portugal, é exclusiva do Parque, e os bosquetes de teixo (Taxus baccata) que, para além da Serra da Estrela, se encontram somente assinalados para outro Parque.

É um Parque Natural muito importante para diversas espécies do género Festuca, caso das F. summilusitana, F. elegans e F. henriquesii, sendo o único local conhecido para esta última. Aqui ocorrem também os briófitos Bruchia vogesiaca e Marsupella profunda e as compostas Centaurea rothmalerana, um endemismo estrelense, e C. micrantha subsp. herminii. É ainda o Parque Natural onde se observa o maior número de efectivos de Narcissus asturiensis.

A região do Planalto Central da Serra da Estrela é o único local de ocorrência em Portugal da lagartixa-da-montanha (Lacerta monticola), espécie endémica da Península Ibérica.

Este Parque Natural inclui linhas de água bem conservadas, de grande importância para a lontra (Lutra lutra), o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) e particularmente para a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), atendendo a que se trata de uma área de elevada diversidade genética e de maior vulnerabilidade para a espécie. Engloba também locais importantes para a conservação da toupeira-de-água (Galemys pyrenaicus), coincidindo com o limite Sul da sua área de distribuição e integrando populações que se consideram reduzidas e ameaçadas.

Ocorrem ainda invertebrados de distribuição reduzida, nomeadamente Lucanus cervus, Geomalacus maculosus, Callimorpha quadripunctaria e Oxygastra curtisii.


2 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde

Devo dizer que se não conhece-se a fonte desta informação seria uma valiosa ajuda para os interessados. No entanto sinto-me no dever de o advertir para o facto de não referenciando a fonte é considerado plágio! Aconselho a que cite a fonte e aí sim terá todo o mérito neste site.

Cumprimentos

Viria disse...

Boa tarde, agradeço o seu comentário e observação mas alerto para o fato de que se clicar no título do post, o mesmo o redireccionar para a fonte, logo os créditos e todos os direitos autoriais estão respeitados.
Cito:
"O plágio é o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc) contendo partes de uma obra que pertença a outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original. No ato de plágio, o plagiador se apropria indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma.
A origem etimológica da palavra demonstra a conotação de má intenção no ato de plagiar; o termo se origina do latim plagiu que significa oblíquo, indireto, astucioso [1]. O plágio é considerado antiético (ou mesmo imoral) em várias culturas, e é qualificado como crime de violação de direito autoral em vários países." em http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt/145143.html

Mais uma vez agradeço a sua chamada de atenção. Os meus cumprimentos.

Eadem mutata resurgo*

A IV de III de MMIX invoca-se o ancestral ícone que fez da guerrilha a sua forma de luta e a expressão última de defesa do seu território e das suas gentes. Pela primeira vez na história tribos lusitanas uniram-se sob a liderança de um homem que era respeitado pela sua coragem, pela sua destreza e pelo seu espírito guerreiro.

Viriato, que fora caçador e apascentara rebanhos na zona de MONS HERMINIUS (actual Serra da Estrela), marcou a História Ibérica e Romana deixando há cerca de dois mil e cem anos na Hispânia a herança de vincados valores como o sentimento de Independência, de Território, de Pátria, de Sacrifício e Liberdade.

Hoje outro tempo, necessidades variáveis, adulteração de prioridades e gentes que não são “as gentes”. Os valores e os sentimentos evocados há dois milénios mantiveram uma constância da sua ideia, perpetuaram no tempo as suas reinvenções e as suas causas (por vezes desvirtuadas) enquanto as memórias e a vontade de fazer mais e melhor representam, actualmente, a nossa melhor arma para combater o comodismo, a apatia e arrancar ao tempo a voracidade que este nos inflige no dia a dia.

Este blog tem a sua identidade enquanto espaço de conversa público ou salão Maior de Debate, de Ágora ou reservados Claustros. Ele próprio, pela sua natura empreenderá o seu ritmo e fará do tempo o momento em que a comunidade ou grupo daqueles que pretenderem participar, convergem em debates e ideias para defender pontos de vista e trilhar novas montanhas de novidade e conhecimento.

A liberdade do Verbo será privilegiada e concedida sempre que se cumpram as regras da boa educação e se respeite a diferença. Não pactuarei com ofensas nem muito menos com fraudes mentais. Quem entender participar terá de perceber que é detentor de uma responsabilidade e que será essa responsabilidade a evocar a sua sanidade mental.

Aqui serão abordados assuntos variados do nosso País mas em especial DE e SOBRE a Vila de Manteigas.

Não pretendo substituir os blogs Institucionais já existentes com o fim explícito e implícito de promover o Concelho nem muito menos os criados a título particular ou com eles fazer concorrência. Tal como cada um, darei um pouco da minha personalidade, do meu tempo, das minhas ideias e das minhas expectativas e como é óbvio dar a conhecer descobrindo na última fronteira da comunicação MUNDIAL (internet) o pacto de falar através do tempo.

Aprender a falar do nosso tempo no nosso tempo enquanto Homens é o desafio. Deixarei que este espaço seja também o confronto sem se assumir como o conflito; a liberdade sem se assumir a anarquia; a razão do que pensamos e como o pensamos e não a forma como atacamos e desvalorizamos o intelecto ou a pessoa.

Crescer é feito de simples particularidades: saber o mais possível no menor tempo impossível… será por isso que o saber não ocupando lugar promove a nossa ignorância proporcionalmente?

A todos os que pretenderem participar, deixar um testemunho ou apreciar como passeio internauta desde já BEM VINDO por ter descoberto o blog e um sincero BEM HAJA por ter passado e/ou participado.

*Embora mudado ressurjo